O surgimento das organizações tem a sua origem na história social do homem e da humanidade. E sua complexidade e alternância se dão conforme o modelo de sociedade em que ela se surge. Assim as organizações não apenas crescem, mas evoluem conforme o estádio evolutivo da sociedade humana em que ela se encontra. Ela é por assim dizer um reflexo do modelo de homem, de sociedade e do grau de conhecimento em que ela está inserida.

Sendo assim, sua forma, seu conteúdo e sua finalidade, estão intimamente ligados numa disposição tríplice. Portanto se uma organização é criada para educação um povo ou um comunidade, o seu "produto final "a educação terá importante influência não apenas em sua forma estrutural como também na forma de se relacionar com sua comunidade. Se uma organização é criada para zelar pela saúde de sua comunidade, como uma clínica ou um complexo hospital, sua finalidade deverá influenciar a sua forma e funcionamento. E isto ocorre a tal ponto que se tornará incompatível a tentativa de se impor um modelo de desenvolvimento de uma organização que produz artefatos para guerra, como um modelo gerencial para um hospital.

Schein, E. em seu livro Cultura Organizacional e Liderança jossey-bass 1995 afirma que a influência da finalidade ou do produto de uma organização nas relações sociais vai aos poucos transformando as pessoas no resultado de seu próprio produto.

Ao se trabalhar para uma escola vamos todos aos poucos nos tornando educadores, ao se trabalhar num hospital, vamos todos aos poucos nos tornando curadores, assim aos se trabalhar numa fábrica de armas vamos todos aos poucos todos nos tornando soldados apostos para a guerra.

No mundo atual, em que cada vez mais as barreiras do conhecimento e da informação estão sendo superados, os modelos de compreensões sociais e culturais, são necessários de serem incluídos para a compreensão das organizações. A isto chamamos de cultura global. Os funcionamentos das organizações apenas dentro de modelos e sistemas mecânicos não são suficientes para se abarcar a totalidade da vida das organizações. Conseqüentemente, contamos hoje com a influência de novos modelos de conhecimento, sociais e humanos contribuindo com a compreensão da vida das organizações contemporâneas.

Numa breve recapitulação desta história, podemos reconhecer como as preocupações das organizações foram se tornando mais complexas: Em menos de um século vimos como as organizações produtivas forma se transformando de sistemas de explorações de recursos naturais, para sistemas mecânicos, então para sistemas de relações sociais, passando para as interações sistêmicas e de ter hoje que incluir a influência de seus efeitos nos ecossistemas ambientais.

Como Organismo, toda empresa tem uma estrutura de funcionalidade. Isto é, tem um sistema de funcionamento que deve ser condizente com seu momento e seu processo de desenvolvimento.

Assim, se compararmos uma organização ao organismo humano também verificaremos que ela tem uma cabeça, que concentra toda a sua visão, como a um sistema que permeia toda os dados e informações que formam a sua identidade. E é esta identidade que lhe dá a sua orientação interna e externa no mercado. Tem também sua correspondência aos braços. Que através de seus valores busca definir suas relações de trocas com o meio ambiente. Estes braços, além de definirem uma política de atuação, estabelece também os elos de ligação com os seus parceiros do setor produtivo que se encontra. O seu processo de transformação, como a um metabolismo obedece a um ritmo de funcionamento, e de interação que faz através de seu produto ou de seu serviço. Este processo deve obedecer a normas que dependendo de sua fase são mais ou menos estruturadas.

As pernas e os pés de uma organização que representa suas bases de funcionamento, estão definidas pelas instalações e infra-estrutura de funcionamento. Dizemos que uma empresa está bem das pernas quando está sendo capaz de gerar recursos e resultados.

A relação de coerência entre estas quatro estruturas é que chamamos de cultura organizacional de negócios. E é ela , que define toda a cultura de relações da empresa.

Embora cada organização seja única, é possível se verificar que passa por diversas fases de desenvolvimento, até certo grau semelhante entre si. Sendo vista como organismos vivos, permeado de pessoas, muitos de seus aspectos se assemelham às etapas do desenvolvimento biográfico do seres humanos envolvidos com a evolução da organização. Sem se negar seu caráter único, a possibilidade de se reconhecer suas etapas de crescimento e suas necessidades distintas, em muito pode nos auxiliar no reconhecimento se suas oportunidades e de seu planejamento .

Assim, podemos observar que toda organização também passa por cinco grandes ciclos ou períodos de desenvolvimento, também chamado de idades da organização. Esta idade não está apenas baseada nos anos de sua existência mas no funcionamento da sua estrutura. Esta idade estabelece assim, cinco ciclos de desenvolvimento para a sua cultura de negócios. São elas: A Fase da Empresa Empírica, A fase da Empresa Eficiente, A fase da Empresa Eficaz, A Fase da Excelência e a Fase da Empresa Ecológica.